quarta-feira, março 21, 2007

 

Magnet, o filhote do Velvet


A banda é uma ilustre desconhecida, mesmo entre a galera mais antenada. Quem aí já ouviu falar da banda Magnet?
Descobri no site Senhor F, na coluna “Senhor achado”. Fazia um tempão que estava atrás deste disco e somente agora consegui encontrá-lo na Internet.
Lançado em 1997, ele está completando 10 anos. Mas se não né nenhum lançamento, porque diabos estou falando dele apenas agora? É porque ele poderia muito bem figurar ao lado daqueles CDs clássicos, da sua coleção, entre um monte de bandas que tem uma coisa em comum: A Influência do Velvet Underground.
É fato que mais de 50% das bandas bacanas, dos anos 80 para cá, foram influenciados pelo grupo de Lou Reed e John Cale. De Bauhaus a Sonic Youth, do Pavement ao Yo La Tengo, todos carregam em seu gene o cromossomo VU, mas ele pode ser notado mais nitidamente nos trabalhos do Luna e neste disco do Magnet.
Com participação de Maureen Tucker, baterista original do Velvet, que maneja as baquetas e ainda canta em algumas faixas, Don’t be a penguim é na realidade a obra prima do cantor/guitarrista/compositor Mark Goodman. Apesar das músicas soarem como composições perdidas de um jovem Lou Reed, não exalam cheiro de bolor, tem um certo frescor de coisa mais atual.
A faixa de abertura, Julie, tem uma levada power pop, com contornos velvetianos, de uma beleza indescritível, vocal suave e guitarras rítmicas costurando toda a canção. Já a segunda, Banger, é uma baladinha meio alegrinha, meio melancólica, que certamente vai fazer sorrir qualquer fã do Velvet. Em Summer & Winter, há um dueto de Moe Tucker com Mark Goodman, que até faz lembrar o vocal da Nico. Se o disco terminasse aqui, já valeria a pena somente por essas três primeiras músicas, que conquistam de primeira. Mas o que vem a seguir é uma seqüência de boas canções, que vão se tornando melhores a cada audição, na medida em que assimilamos as melodias, fazemos novas descobertas, dos detalhes sutilmente escondidos por trás dos vocais, os timbres das guitarras e vamos ficando mais e mais viciados nesse CD.
Uma obra prima, uma raridade, um “Senhor Achado”, que faz jus ao nome da coluna do Senhor F.


Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?