quinta-feira, setembro 18, 2008

 

Japas piradões

Vira e mexe a gente acaba descobrindo umas pérolas no Myspace.
Esse vídeo é de uma banda chamada Polysics, uma espécie de cruzamento de Devo com Man or Astroman, mas com sotaque oriental.
Atente para a coreografia da japinha maluca, que parece sofrer de epilepsia.
Pura diversão!
Pretty Good

quarta-feira, setembro 17, 2008

 

Disco Essencial - Grand Funk – 1969 (red album)


O Grand Funk Railroad é um dos grupos que, juntamente com o Black Sabath e o Blue Cheer, formam a santíssima trindade na qual rezam as atuais bandas de Stoner Rock.
Em seu segundo álbum, lançado em dezembro de 1969, intitulado simplesmente “Grand Funk” (apelidado pelos fãs como “Red album”,) ainda com formação de power-trio, capitaneada por Mark Farner (Guitarra/voz), Mel Schacher (baixo) e Don Brewer (bateria), é justificado porque eles involuntariamente receberam essa alcunha.
Soando mais pesados do que em seu trabalho de estréia, com um baixo pulsante e cheio de distorção, guitarras cortantes e carregadas de wah-wah, bateria alternando peso e groove, o Grand Funk sintetizou bem o som de Detroit, berço de grupos revolucionários como Stooges e MC5, bem como da Soul Music, que faz o contraponto na sonoridade garageira da banda.
Para se ter uma idéia, o Grand Funk Railroad chegou a rivalizar com o Led Zeppelin, ainda no início de sua carreira. O episódio aconteceu quando eles foram escalados para abrir um show do famoso supergrupo inglês no Detroit’s Olympia Stadium. Enquanto executavam a devastadora “Inside looking out”, a platéia foi ao delírio, para o desespero de Peter Grant,o empresário do Zeppelin, que chegou ao ponto extremo de desligar a energia elétrica e interromper a apresentação.
Terry Knight, produtor dos rapazes, não deixou barato. Caminhou lentamente até o microfone e incitou os presentes, dizendo “O Led Zeppelin está com medo do Grand Funk Railroad”, provocando vaias do público, que foi embora em peso sem assistir ao show da atração principal daquela noite.
Voltando ao disco, é uma sucessão de pedradas certeiras, começando com “Got this thing on the move” que logo de cara já mostra todo o poder de fogo do trio, com rajadas potentes do mais puro hard rock garageiro, mas muito bem executado.
“Please don’t worry” alterna momentos de pura pauleira com a calmaria do R&B, numa aceleração e desaceleração de andamento constante.
A presença do blues-rock permeia grande parte do disco, como em “high faloothin’ woman” e “Mr. Limousine drivin”, devidamente aditivados pelo peso e energia característicos da banda.
A faceta black do Grand Funk dá as caras em “In Need”, uma bela amostra de como foram influenciados pela Soul Music da Motown, que inicia com o ritmo suingado da música negra tipicamente norte-americana, para aos poucos ser subvertida pela porrada roqueira dos caras.
“Inside looking out” encerra o álbum, numa catártica execução com mais de 9 minutos, despejando todo o virtuosismo e fúria do Grand Funk, o que explica muito sobre a reação do Manager do Zeppelin naquele tumultuado show. Ele imaginou o impacto que teria a colisão de uma locomotiva com um dirigível...Ainda que o dirigível fosse de chumbo, o estrago seria grande.
Confira o som desse grande disco nesse link e boa diversão!

domingo, setembro 14, 2008

 

Ai Jesus...O festival Planeta Terra vem aí


Começaram as vendas de ingressos para um dos maiores festivais de rock do país: O Planeta Terra.
O evento acontece no dia 08 de novembro, na vila dos Galpões em São Paulo e vai trazer atrações internacionais das mais variadas, como Jesus & Mary Chain, The Breeders, Kaiser Chiefs, Bloc Party, Spoon, Foals, Mallu Magalhães, entre outros nomes, ainda a serem confirmados.
O preço está bem acessível, assim como no ano passado. O primeiro lote está sendo vendido a R$ 80,00 (estudantes pagam apenas R$ 40,00), um valor bem abaixo dos outros festivais do gênero que acontecem por aqui.
Em 2007, a organização do evento e a pontualidade dos shows, foram os pontos mais marcantes do festival, além do ótimo nível de sua programação, que colocou nomes emergentes do rock independente, como Rapture, Cansei de Ser Sexy, Datarock, Kasabian ao lado dos Veteranos do Devo, entre outras atrações.
E parece que nesse ano ainda vão reservar algumas boas surpresas, que serão confirmadas posteriormente. Especula-se que o Sonic Youth poderá integrar a programação, com o show da turnê “Daydream nation”, em comemoração aos 20 anos de lançamento de seu histórico álbum.
É esperar para ver o que vem de bom por aí...
Informações e pontos de venda: www.ticketmaster.com.br

quarta-feira, setembro 03, 2008

 

Disco Essencial - The Kinks Are the Village Green preservation society


The Kinks certamente é uma das bandas mais subestimadas da história do rock.
Apesar de emplacar vários singles nas paradas britânica e americana, como "You really got me" (considerada precursora do Heavy Metal), "All day and all of the night", "Lola", "Victoria", "Sunny Afternoon", apenas para citar algumas, jamais chegou a estourar como os Beatles ou os Stones.
Na realidade, a importância histórica deles está muito mais na mais na obra e no legado que eles deixaram, tendo uma infinidade de bandas que foram influenciadas ou que regravaram suas músicas.
Tinha uma musicalidade tão apurada quanto os Beach Boys, a energia visceral do The Who, lançou ótimos discos, como “Face to Face”, “Something Else by The Kinks”, “Arthur or The decline of british empire”, mas foi em “Village green preservation society”, de 1968, que o grupo atingiu o auge de sua criatividade e a excelência nas composições.
Há pelo menos 15 motivos que tornam esse álbum genial: Cada uma de suas músicas. É para ser ouvido da primeira até a última faixa, sem pular nenhuma, todas são ótimas e quando acaba dá vontade de ouvir tudo de novo.
Sem exageros, é considerado o “Sgt. Peppers” dos Kinks, não apenas por ser quase da mesma época, mas também por ser um álbum conceitual, com toques de psicodelia, presença de instrumentos e sons inusitados, uma produção cuidadosa, e principalmente por ser um trabalho altamente inspirado, o que levou a essa comparação inevitável.
Ray Davies, guitarrista, vocalista e um dos compositores mais talentosos de sua geração, criou um caleidoscópio multicolorido, mesclando crônicas do cotidiano britânico, recordações de sua infância, e várias outras referências nada óbvias para quem não for familiarizado com os costumes tipicamente ingleses.
A faixa título traz uma riqueza de arranjos e harmonias, capazes de emocionar e surpreender o mais exigente dos ouvintes, enquanto Ray exalta as referências nostálgicas do lugar onde viveu sua adolescência.
Em “Do you remember Walter?” Ray relembra um velho amigo e tenta imaginar como ele estaria vivendo atualmente.
Uma das mais empolgantes canções do disco é Picture book, um rock animadíssimo e com um riff de guitarra ensolarado, celebrando a diversão de ver um álbum de fotografias antigas da família.
Já em Last of the steam powered trains, os Kinks flertam com o blues-rock, para embarcar em uma viagem pelas Railroads da Inglaterra, num ritmo que parece acompanhar a aceleração do trem.
O folk-rock está presente em “Animal Farm”, uma ode aos prazeres da simplicidade da vida no campo.
Há tantas outras canções de Village Green que merecem destaque, mas vou me conter às minhas preferidas: “Big Sky”, “Sitting by the riverside”, “Phenomenal Cat” e “People take pictures of each other” que encerra o disco magistralmente.
Talvez a maior injustiça possa ser atribuída à falta de êxito comercial quando ele foi lançado. A baixa vendagem não o ajudou a ter a repercussão merecida, mas acredita-se que ele tenha sido soterrado por uma avalanche de ótimos lançamentos de artistas consagrados, como Jimi Hendrix, The Doors, Janis Joplin, The Who e tantos outros figurões, o que certamente contribuiu para que o álbum fosse recebido com indiferença na época.
Mas o tempo se encarregou de corrigir essa injustiça histórica e somente muitos anos após ser lançado é que o reconhecimento enfim surgiu, e a crítica especializada o colocou no mesmo patamar dos discos mais importantes do Rock, um verdadeiro baú de preciosidades.
Duvida? Então baixe tudo lá, ouça várias vezes e tire suas próprias conclusões: http://rapidshare.com/files/82072335/village_green_PRESERVATION_SOCIETY_1968.rar

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