sexta-feira, março 30, 2007

 

A banda da semana - Jam Jolie Orquestra


Essa saiu na Rolling Stone deste mês. O homem por trás da Reco-head, produtor, artista gráfico, e nas horas vagas músico multiinstrumentista, foi o responsável por este lançamento, que desde já eu vou aclamar como um dos melhores lançamentos de 2007.
Tá certo, ainda estamos em março, tem muita coisa boa para sair neste ano, mas já é bom reservar um lugar de destaque para esse disco.
Pois o cara que produziu o acachapante CD de estréia do Jumbo Elektro, estabeleceu uma parceria com o vocalista Tatá Aeroplano, na psicodeliquíssima "Estado Delírio", que algum desavisado pode pensar que é alguma música perdida do Júpiter Maçã.
Mas o que impressiona mesmo é a desenvoltura com que Arthur Joly passeia pelos estilos mais diversos, horas indo de encontro ao Britpop do Supergrass, horas revisitando a jovem guarda de Frank Jorge, tudo na maior naturalidade, parecendo que tudo foi concebido como uma trip de estúdio, onde sem nenhuma pretensão ele exteriorizou suas pirações musicais.
Isso gerou algumas pérolas, como nas primeiras faixas "silêncio", "Dimas Soul" e na impagável "O gago", que lembra bons momentos do Pato Fu.
O mais bacana é que está tudo prontinho para ser baixado (temporariamente) no site da gravadora, é só pegar, di grátis: http://www.recohead.com.br/novo/art_jamjolie.htm
Enjoy it!!!

quarta-feira, março 28, 2007

 

O cheiro do Ralo estreou nos cinemas


Já estreou nas telonas o premiado "O cheiro do ralo", baseado no livro homônimo de Lourenço Mutarelli, o cartunista que ficou conhecido por suas histórias em quadrinhos cheias de personagens bizarros e que agora estréia como ator, interpretando um impagável segurança de loja.
Mas o grande destaque do filme é a atuação impecável de Selton Melo, neste papel que talvez seja o mais marcante de sua carreira até hoje.
O enredo gira em torno de seu personagem, Lourenço, um cara que ganha a vida comprando e vendendo artigos usados. Um sujeito daqueles mais canalhas que existem, que se aproveita do momento de dificuldade financeira das pessoas que o procuram para vender seus pertences, explorando-os e os expondo à situações humilhantes.
Mas o mau caráter do protagonista é exatamente o que o torna engraçado, por dizer coisas que normalmente a gente costuma apenas pensar e por sua extrema insensibilidade com as outras pessoas.
Durante toda a trama, o cheiro que exala de um ralo em sua loja o atormenta e traz à tona suas obsessões e paranóias, enriquecidas pela ótima narrativa em off.
Não perca este filme sob nenhum pretexto, diversão garantida.
Em cartaz nos cinemas: Espaço Unibanco, Unibando Artplex Frei Caneca, HSBC Belas Artes, Bristol, Marabá, Lumiere, Shopping Market Place e Shopping Villa-Lobos.

quarta-feira, março 21, 2007

 

Magnet, o filhote do Velvet


A banda é uma ilustre desconhecida, mesmo entre a galera mais antenada. Quem aí já ouviu falar da banda Magnet?
Descobri no site Senhor F, na coluna “Senhor achado”. Fazia um tempão que estava atrás deste disco e somente agora consegui encontrá-lo na Internet.
Lançado em 1997, ele está completando 10 anos. Mas se não né nenhum lançamento, porque diabos estou falando dele apenas agora? É porque ele poderia muito bem figurar ao lado daqueles CDs clássicos, da sua coleção, entre um monte de bandas que tem uma coisa em comum: A Influência do Velvet Underground.
É fato que mais de 50% das bandas bacanas, dos anos 80 para cá, foram influenciados pelo grupo de Lou Reed e John Cale. De Bauhaus a Sonic Youth, do Pavement ao Yo La Tengo, todos carregam em seu gene o cromossomo VU, mas ele pode ser notado mais nitidamente nos trabalhos do Luna e neste disco do Magnet.
Com participação de Maureen Tucker, baterista original do Velvet, que maneja as baquetas e ainda canta em algumas faixas, Don’t be a penguim é na realidade a obra prima do cantor/guitarrista/compositor Mark Goodman. Apesar das músicas soarem como composições perdidas de um jovem Lou Reed, não exalam cheiro de bolor, tem um certo frescor de coisa mais atual.
A faixa de abertura, Julie, tem uma levada power pop, com contornos velvetianos, de uma beleza indescritível, vocal suave e guitarras rítmicas costurando toda a canção. Já a segunda, Banger, é uma baladinha meio alegrinha, meio melancólica, que certamente vai fazer sorrir qualquer fã do Velvet. Em Summer & Winter, há um dueto de Moe Tucker com Mark Goodman, que até faz lembrar o vocal da Nico. Se o disco terminasse aqui, já valeria a pena somente por essas três primeiras músicas, que conquistam de primeira. Mas o que vem a seguir é uma seqüência de boas canções, que vão se tornando melhores a cada audição, na medida em que assimilamos as melodias, fazemos novas descobertas, dos detalhes sutilmente escondidos por trás dos vocais, os timbres das guitarras e vamos ficando mais e mais viciados nesse CD.
Uma obra prima, uma raridade, um “Senhor Achado”, que faz jus ao nome da coluna do Senhor F.


segunda-feira, março 12, 2007

 

A melhor banda dos últimos tempos desta semana


Inaugurando a seção "A melhor banda dos últimos tempos desta semana", aproveito para fazer uma indicação que há tempos estou querendo postar aqui, mas por falta de tempo ainda não fiz...
Quando ouvi pela primeira vez a banda The Fratellis, com a irresistível "Chelsea Dagger", fui fisgado na hora, mas pensei que era mais uma daquelas bandas que aparecem envoltas no hype, fazem um estardalhaço na mídia com uma música bacana, lançam primeiramente um single, apenas para provocar uma expectativa geral para o álbum de estréia, e quando este finalmente sai...Deixam a desejar.
Mas nada disso!!! Costello Music é o título do debut deste trio escocês de Glasgow e tem ingredientes que agradam em cheio quem gosta do Glitter festeiro de bandas como Sweet, Gary Glitter, do mod estilo The Jam, do Punk bubblegum dos Buzzcocks e do Supergrass, fase Should I coco.
O CD é uma sucessão de canções alegres, dançantes e com muito punch, que são capazes de animar qualquer festa para um público que curte o bom e velho Rock'n'Roll, mas que não tem preconceito com bandas novas.
Destaques para a já citada Chelsea Dagger, Baby Fratelli, Henrietta e Flathead...E todo o resto do disco.

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