segunda-feira, junho 23, 2008

 

A modernidade revivalista dos Fratellis


Os escoceses da banda The Fratellis lançam seu segundo disco, “Here we stand”, com canções que são uma verdadeira celebração aos anos 70.
Enquanto seus conterrâneos do Franz Ferdinand despontaram nas praias oitentistas do Pós-Punk e New Wave, os Fratellis se firmaram no terreno do Glam-Rock e do Mod, aditivados pela pegada Punk Bubble-Gum da safra setentista, assim como fazia o Supergrass nos seus primórdios.
Não há nenhum hit instantâneo do calibre de “Chelsea Dagger”, sucesso que catapultou a banda para os grandes festivais europeus, mas há canções muito animadas, com arranjos mais trabalhados, um pianinho aqui, um teclado acolá, uma gaitinha esperta numa faixa entre vários riffs de guitarra marcantes de Jon Fratelli.
Falando em riff de guitarra, tem um na faixa “My friend John” que abre brilhantemente o álbum, com clima totalmente Western, sobre uma base Punk-a-billy-surf, acompanhada por uma percussão frenética de bongôs, resultando num coquetel contagiante, que pode agradar bastante quem assimilar essas referências.
O single fica por conta da faixa “Mistress Mabel”, um rockão radiofônico e sacolejante, em alta rotação, com potencial para animar dias monótonos.
Em um primeiro momento, as músicas podem parecer todas meio iguais, mas não se assuste com a primeira impressão, porque aos poucos você irá reconhecer a personalidade de cada uma delas e logo encontrará as suas preferidas. As minhas são as duas citadas acima, “A heady tale”, “Jesus stole my baby” e “Acid jazz Singer”, mas pode ser que daqui a alguns dias sejam outras, que já estão disputando a minha preferência.
A conclusão que se chega é que os Fratellis passaram com louvor no teste do segundo disco e Jon Fratelli (guitarra/voz) confirma seu talento para compor verdadeiras pérolas do rock atual, mesmo que tenha cara de rock antigo, sem nada inovador, nem revolucionário, mas quem precisa disso? Afinal rock é tudo diversão mesmo...
Quer experimentar também essa sensação? Vai lá e pega tudo em http://rapidshare.com/files/121842078/TheFratellis_HWS_www.Alternativesongs.Blogspot.com.rar.html

 

Miss@Take agora no Cidadão com show dos Skywalkers


A festa comandada pela colega DJ Gringa, estréia em grande estilo sua versão no ABC, no Espaço Cultural Cidadão do Mundo, com direito a um show da sensacional banda "Os Skywalkers".
A balada será no sábado dia 28 de junho, a partir das 23h e eu vou fazer um set como DJ convidado, para a galera dançar até se descabelar.
Até lá!!!

segunda-feira, junho 16, 2008

 

Disco Essencial - Ogdens' nut gone flake/The Small Faces (1968)


Em 1968, o mundo vivia a “ressaca” do verão do amor, embalado pela trilha sonora de Sgt. Pepper’s dos Beatles.
Foi nesse ambiente inóspito de fim de festa, que os ingleses do The Small Faces conceberam um álbum genial, considerado a sua obra-prima.
Ogdens’ nut gone flake marcava uma ruptura da banda com a estética Mod, gênero no qual eram um dos grupos mais representativos, ao lado do The Who e The Kinks, para mergulhar de cabeça no universo da Psicodelia, em canções cheias de sofisticação e com uma produção requintada.
Mantendo distanciamento do discurso pacifista e da filosofia “flower-power” dos grupos de São Francisco, esses Britânicos enveredaram-se por uma outra forma de expressão em sua música, experimentando sons mais lisérgicos, com temas que variam da comédia de costumes ao absurdo e fantástico, que caberiam bem num filme do Monty Python.
Esse álbum encaixa-se perfeitamente naquele velho formato dos discos de vinil, onde o Lado A e o Lado B tem características bem peculiares e distintas um do outro.
Para dar a tônica do disco, logo em sua abertura tem a faixa-título, um rock instrumental com um arranjo grandioso, criando o clima para o que viria a seguir, com “Afterglow”, que tem uma introdução preguiçosa e aos poucos vai se encorpando até ganhar contornos de um mini-épico, com apenas três minutos e meio de duração.
Em faixas como “Rene” e “Song of a Baker”, percebe-se a evolução musical atingida pelo grupo, com um conjunto instrumental bem resolvido, arranjos consistentes e vocais elaborados.
“Lazy Sunday” finaliza o Lado A com muito bom humor, satirizando um passatempo típico da juventude inglesa: Passar as tardes ensolaradas de domingo “viajando” e curtindo os prazeres do ócio.
No entanto, é no Lado B que o álbum reserva o melhor da festa. Uma miniópera-rock lisérgica, com 6 peças musicais distintas, que transcorrem unidas pelo fio condutor da narração do comediante Stanley Unwin, garantindo momentos cômicos impagáveis para quem conseguir sacar a sua linguagem “cockney”.
Esse musical conta a saga de “Hapiness Stan”, um personagem que viaja ao lado escuro da Lua e encontra todo tipo de seres inimagináveis em situações para lá de absurdas.
Apesar de todas essas maluquices, Ogdens’... não é daqueles discos que impressionam somente nas primeiras audições e depois se tornam cansativos ao ouvinte, ao contrário, cada vez que se ouve novamente ele fica mais instigante e deixa a sensação de ser um álbum clássico, de grande valor histórico, mesmo não tendo a repercussão merecida na época.
Baixe e boa viagem:
http://rapidshare.com/files/7042981/Ogden_s_Nut_Gone_Flake.rar.html

domingo, junho 01, 2008

 

Outros sons dos mesmos caras


É no mínimo curioso ver como alguns artistas conseguem produzir algo bem diferente em seus projetos paralelos do que costumam fazem em suas bandas “oficiais”.
O mais curioso ainda é quando a banda muda o nome e resolve lançar um disco, mas mantendo a mesma formação, ainda que faça um trabalho que em (quase) nada lembre a sonoridade de sua banda original.
Esse é o caso do Foxboro Hot Tubs, que nada mais é do que os caras do Green Day tocando um rock de garagem com uma roupagem de banda dos anos 60, levemente acentuado pelo peso em algumas faixas, e em outras resgatam aquela aura de inocência que revestia os grupos sixties.
O álbum começa com a faixa título “Stop Drop and roll”, que presenteia o ouvinte com um rock garageiro, retrô, direto e certeiro, como apenas o Eagles of Death Metal consegue fazer hoje em dia.
Na seqüência vem “Mother Mary”, uma faixa no melhor estilo neo-rockabilly dos Stray Cats, mas com uma linha de baixo que chega a lembrar o The Jam, onde também se destacam os backing vocals cheios de “uuuuu” e “papara parara”.
Até aqui, o vocal está tão disfarçado que não dá para perceber que é o Billy Joe cantando, até começar a terceira faixa “Ruby room” , essa até lembra o seu famoso grupo, mas camuflado por um teclado vintage e por aqueles mesmos backing vocals indefectíveis.
“Red tide” é a baladinha diferente de tudo o que Billy Joe e sua trupe já fizeram até hoje, apesar de já terem gravado baladas no Green Day, essa resgata a tal da inocência da década de sessenta, dos bailinhos em que os casais dançavam colados um no outro e dali surgia uma grande chance de começar um romance.
Assim segue o álbum, recheado de rockões cheirando a mofo, de quem bebeu na fonte dos Kinks, Troggs, Sonics e Kingsmen, seguindo os mesmos padrões da época, desde a concepção da arte da capa, deixando um gostinho nostálgico até mesmo para quem não viveu naqueles anos dourados do rock’n’roll.
Destaque também para “Highway 1”, “Sally” e “Alligator” , que poderiam facilmente entrar na coletânea “Nuggets” caso tivessem sido gravadas na década de 60.

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