domingo, setembro 30, 2007

 

Hot hot Heat - Happiness Ltd.

Deliciosamente Pop

Os canadenses do Hot hot heat - Steve Bays (vocalista e tecladista), Paul Hawley (bateria), Dustin Hawthorne (baixista) e Luke Paquin (guitarrista) - acabam de chegar ao quinto álbum, lançado neste mês, com o revelador título de Hapiness Ltd.
Desde os primeiros trabalhos, o Hot hot heat demonstrou o talento para criar canções com uma indisfarçável roupagem pop, apenas para celebrar a diversão e capaz de nos fazer momentaneamente mais felizes enquanto as ouvimos.
Certamente você já deve ter ouvido a música mais conhecida deles, “Bandages” que tocou muito em tudo que é balada, ainda continua fazendo a alegria nas pistas de dança mais alternativas de São Paulo e é uma boa amostra do som da banda.
O novo disco tem a produção coletiva de Butch Walker (Avril Lavigne, Pink), Tim Palmer (U2, David Bowie) e Rob Cavallo (Green Day, My Chemical Romance), e aponta para uma nova direção no som do Hot hot heat.
O que antes parecia apenas mais um grupo divertido, com suas músicas alegrinhas e despretensiosas, agora dá sinais de amadurecimento, sem a conotação pejorativa que esse termo possa representar, estão musicalmente mais maduros sem se tornarem chatos.
Em algumas músicas, há uma densidade maior e arranjos mais encorpados, como na faixa título que abre o CD, que apresenta uma grandiosidade épica, até então inédita nas composições da banda, evidenciando sua evolução musical, aliada a uma produção de qualidade.
Na seqüência vem “Let me in”, que pode facilmente ser a música de trabalho, e chega até a lembrar bastante o estilo do The Killers, com seu jeitão de Pop Rock para levantar as massas nos shows, como pode ser conferido neste vídeo.
Mas o grande momento do disco é a baladinha “Outta heart”, onde o vocalista Steve Bays canta em falsete, quase murmurando, assim como Mr. Robert Smith (The Cure) em Lullaby, com quem ele é freqüentemente comparado por seu timbre de voz, tendo ao fundo um belíssimo arranjo de cordas, sem dúvida, é a melhor música do disco, dá vontade de ouvi-la novamente assim que ela termina.
A velha fórmula new-wave/disco/dance reaparece em “Give Up?”, para fazer dançar e cantar junto, com seu refrão fácil e grudento.
Em “Good day to die” há uma semelhança muito grande com as canções que o produtor Phil Spector gravou com as Ronnetes, um famoso Girl-group dos anos 60, inclusive com as características do Wall of sound, que era a “parede sonora” criada por Phil Spector.
Se em “Happiness Ltd.” O Hot hot heat sentencia que a alegria é limitada (Happiness is limited, misery has no end), pelo menos a banda demonstrou que ainda tem de sobra para presentear seus fãs, com suas canções deliciosamente pop e alegres.


quinta-feira, setembro 27, 2007

 

Começa a venda de ingressos para o Festival do Planeta Terra


Um festival que traz bandas como Devo, Kasabian, Rapture, Datarock, Cansei de ser Sexy e a cantora Lily Allen, vai ter um ingresso com precinho bem acessível, ao contrário de outros festivais.
O valor do ingresso é R$ 80, sendo que estudante paga apenas R$ 40, uma verdadeira pechincha, né?
O evento contará com 3 palcos, Djs e outras atrações musicais ainda não divulgadas, além de uma mega estrutura de som e iluminação, estacionamento, praça de alimentação, banheiros, postos médicos, como nos maiores shows realizados no país.
O Festival do Planeta terra acontece no dia 10 de novembro, com abertura a partir das 17h e inaugura o espaço Villa de Galpões do Morumbi (Av. das Nações Unidas, 20.003), em uma área de 150 mil metros quadrados.
Mais informações nos sites: www.planetaterra.com.br e vendas no www.ticketmaster.com.br

Ingressos para estudantes apenas pessoalmente, nos pontos de vendas autorizados, confira abaixo:

* São Paulo

- Saraiva MegaStore
* Shop. Morumbi - Avenida Roque Petrônio Jr. 1089 - Morumbi
* Shop. Eldorado - Avenida Rebouças, 3970 - Pinheiros -
* Shop. Center Norte - Travessa Calsalbuono, 120 - lj 400 - Vila Guilherme
* Shop. Anália Franco - Av. Regente Feijó, 1739 - Nível Orquídea - Anália Franco
* Shop. Ibirapuera - Avenida Ibirapuera, 3103 - Suc 145 - Piso Moema

- FNAC
* Av. Pedroso de Moraes 858 - Pinheiros
* Av. Paulista 901 - Jd. Paulistano
* Shop. Morumbi - Avenida Roque Petrônio Jr. 1089 - Morumbi

- Espaço Siciliano
* Av. Dr. Cardoso de Melo 630 - Vl. Olímpia

- Teatro Abril
* Av. Brig. Luis Antônio 411 - Bela Vista

- Citibank Hall
* Av. Jamaris 213 - Moema
- Auditório do Ibirapuera
* Av. Pedro Álvares Cabral s/n - Parque do Ibirapuera

* Santo André

- Posto Ipiranga Credenciado
* Avenida Portugal, 1756 - Jardim Bela Vista

 

The Pigeon Detectives, a nova aposta do rock inglês


Esse ano está bem significativo quanto a lançamentos de qualidade no rock independente. Se fosse enumerar os dez melhores discos do ano, teria uma tarefa difícil, até porque muitos títulos bacanas teriam de ficar fora dessa lista.
The Pigeon Detectives, com seu debut em CD “Wait for me” tem tudo para ser apontado entre os melhores discos de 2007, ou então vai certamente aparecer naquelas listas das bandas revelações do ano.
O grupo surgiu há mais de cinco anos na cidade de Leeds e já fazia shows com presença maciça de público antes mesmo de lançarem seu primeiro disco e agora fazem parte da nova safra do Rock Inglês, que revelou nos últimos anos bandas como Kaiser Chiefs, Kasabian, The Rakes e os badalados Arctic Monkeys.
Esse fenômeno é semelhante ao que ocorreu no início dos anos 2000, quando os Strokes despontaram, lotando casas de show em Nova York, sem ao menos terem gravado seu glorioso “Is this it?” e resgataram o interesse do público por novos grupos de rock com uma sonoridade rebuscada, como os White Stripes, que vieram no rastro.
O fato é que The Pigeon Detectives impressionou bastante a crítica e o público com suas apresentações contagiantes, onde demonstram toda a vitalidade que uma banda jovem pode ter, principalmente pela performance incansável e carismática do vocalista Matt Bowman.
Seu Punk-Pop de fácil assimilação, cheio de refrões para cantar junto, com guitarras bem trabalhadas e uma cozinha bem dançante, fez com que conquistasse muitos fãs, fossem apontados como a mais nova “promessa do rock inglês” (o que não quer dizer muita coisa, pois a cada semana eles apostam em um novo grupo) e “Wait for me” já ocupou o terceiro lugar no ranking dos discos mais vendidos do Reino Unido.
As músicas de maior sucesso até agora são “I’m not sorry”, “I found out” e “Romantic type”, que podem até não justificar o hype, mas pelo menos garantem a diversão do público ávido por novidades.

Saiba mais e ouça The Pigeon Detectives em:

http://www.myspace.com/thepigeondetectives

http://www.thepigeondetectives.com/

segunda-feira, setembro 17, 2007

 

SÁBADO TEM PROJETO FACTORY COM ZOOMBEATLES

O Projeto Factory tem a honra de receber mais uma vez uma das bandas que melhor toca Beatles no Brasil: Os Zoombeatles.

Quem esteve no show-tributo aos 40 anos do Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, comprovou a competência dessa banda formada pelos músicos dos Maccacos, que tocaram com fidelidade impressionante as músicas do revolucionário disco dos Beatles.

Desta vez, o repertório vai passear por várias fases dos Fab Four, tocando desde os maiores sucessos até as raridades e lados B, para nenhum beatlemaníaco botar defeito.

Na discotecagem, um set especial de bandas que foram influenciadas pelos quatro rapazes de Liverpool, ou seja, muita banda boa vai rolar.

Neste sábado, 22/09 a partir das 22h.

Discotecagem: Tadeu

Entrada: R$ 7,00



Espaço Cultural Cidadão do Mundo
Rua Rio Grande do Sul, 73 - Centro
São Caetano do Sul
www.cidadaodomundo.org.br


quarta-feira, setembro 12, 2007

 

The Preachers, os pastores da Soul Music


Na região da badalada Rua Augusta, onde nos últimos anos apareceram trocentas casas noturnas oferecendo várias opções para quem está procurando bons shows, fui ao Astronete Bar para ver o show da banda The Preachers.


E a balada foi, disparada, a mais divertida que eu já tive a oportunidade de conferir nos últimos tempos nas muvucadas noites de Sampa.

A começar pela ambientação do Bar, com uma decoração totalmente retrô, onde quadros de filmes B e cult movies dos anos 50, 60 e 70 forram as paredes e objetos antigos fazem parte do cenário da casa, como por exemplo aqueles antigos secadores de cabelos tipo “Capacete espacial”.

E para não fugir do estilo vintage, a discotecagem é feita com discos de vinil, aliás, os melhores DJs paulistanos fazem a pista ferver, com tesouros sixties, a garageira dos Sonics e Fuzztones, o psychobilly dos Cramps, a Jovem Guarda de Roberto Carlos e a Soul Music, é claro, esta não poderia faltar...E no palco, uma Go Go Dancer incansável, animava a balada com suas coreografias alucinantes, simplesmente sensacional.

Bem, voltando à banda, que foi a principal razão de eu estar lá, Os Preachers, são: Pedro Bizelli (Guitarra e vocais), Rodrigo Lobato (bateria) – ambos membros dos Skywalkers - Alberto Zioli (Vocal), Marcelo Cobra (Baixo), André Novaes (Trompete), Aline Costa e Roberta Mendes (Vocais).

No repertório, mesclam um pouco de Blues, Rock Inglês (Rolling Stones, Small Faces, Animals) e o Soul, de Ray Charles a Otis Redding e Wilson Picket, inclusive prestam homenagem ao precursor e maior expoente do estilo no Brasil, Tim Maia.

Empolgante é pouco para traduzir em palavras a sensação de ver os caras tocando todas essas preciosidades, enquanto o público se deleita, dança sem parar e, quando acaba o show, todos estão com a camisa molhada de suor.

Assim é a Soul Music, que faz os artistas colocarem a alma na música e os Preachers pregam bem essa mensagem, de pura diversão, sensualidade e romantismo, que me fez sair convertido em mais um fiel, devoto da banda.

O único ponto negativo foi a lotação da casa naquele dia, que em certo momento parecia faltar oxigênio em meio à atmosfera de fumaça criada pelos fumantes do local, mas isso não me impede de querer freqüentar o lugar mais vezes.

Para quem quiser conferir, eles tocam uma vez por mês no Astronete Bar (Rua Matias Aires, 183), neste mês o show vai ser no dia 21, sexta-feira. Boa pedida para quem está procurando um lugar para dançar e se divertir ao som de boa música.


 

Super Furry Animals lança Hey Venus!


Depois de lançar alguns discos irregulares, o Super Furry Animals volta à velha forma, com Hey Venus, seu sétimo CD, que agrada bastante pela diversidade sonora e sintetiza, neste novo trabalho, um pouco de tudo o que já fizeram.

Ouvir o Super Furry Animals é uma experiência excitante, pois nunca sabemos o que poderá sair do caldeirão musical destes malucões oriundos do País de Gales, liderados pelo irreverente Gruff Rhys (Guitarra e vocal).

Em 2003 eles roubaram a cena, quando tocaram por aqui no Tim Festival, surpreendendo o público que tinha ido para ver a sensação do momento, os White Stripes, que eram os headliners do festival, mas foi o SFA quem chamou bastante a atenção, com uma apresentação totalmente fora do convencional, parecendo que os caras em cima do palco estavam se divertindo mais do que a platéia presente.

Em seu mais recente trabalho de estúdio, a banda transita com desenvoltura por vários estilos, indo do mais puro Rock’n’Roll setentista, como em “Getaway song”, a empolgante faixa de abertura com pouco mais de 40 segundos, ao Britpop dos anos 90, presente em “Run Away”, que poderia facilmente figurar em algum disco do Pulp.

O destaque fica por conta de “Show your hands”, com um enorme potencial radiofônico e cara de hit certeiro, mas com muita sofisticação, bem distante de ser uma canção pop descartável.

A psicodelia revisitada da era Sgt. Pepper’s e “Pet Sounds” está estampada na capa do CD e fica evidente em algumas faixas, como por exemplo na introdução de “Carbon dating”, que parece ter sido arranjada por George Martin, e em “Battersea odyssey”, com uma riqueza de harmonias, capaz de impressionar os mais exigentes ouvidos.

Outros destaques ficam por conta das agitadinhas “Neo consumer”, “Into the night” e “Baby ate my eightball”, assim como das baladas espertas “The gift that keeps giving” e “Suckers”.

Caso você ainda não conheça nada deles, os primeiros discos são insuperáveis. “Radiator”, “Fuzzy Logic” e “Guerrilla” são os mais indicados da discografia da banda, mas nada tira o brilho deste mais recente lançamento, onde fica claro que a criatividade combinada com as pirações (experimentalismos) e com a musicalidade apurada do grupo são as características que diferenciam o SFA das demais bandas do rock contemporâneo.

Altamente recomendado.


quarta-feira, setembro 05, 2007

 

DT's e o Hard Soul


Se eu fosse descrever o DT’s completamente movido pela emoção de quem descobriu uma banda do tipo que se pensava não existir mais, com uma vocalista que canta maravilhosamente bem, capaz de transmitir as mais extremas emoções em sua voz, conseguindo variar a entonação da mais suave sensualidade feminina a mais pura fúria, esbanjando talento, energia e se expressando através de sua música, eu cometeria alguns excessos, exageraria nos adjetivos e acabaria usando aqueles chavões inevitáveis do jornalismo musical toda vez que pensam ter descoberto “The next big thing”.

Mas ao invés de fazer isso eu devo escrever de forma racional, como pede o manual do bom jornalismo, de maneira a informar o leitor apenas sobre mais um grupo que, provavelmente, não irá estourar nas paradas, deverá continuar um ilustre desconhecido do grande público, fazendo um som honesto, básico, porém, competente, apenas com guitarra, baixo e bateria e um tecladinho aqui e acolá para dar uma encorpada a mais em algumas músicas.

Devo dar um enfoque maior aos detalhes técnicos, dizer de onde eles são, desde quando a banda existe, mencionar a discografia, dar o nome dos integrantes, dar referências ao leitor estabelecendo comparações com grupos mais conhecidos e fazer um gancho para dar a deixa de que a banda está para vir tocar no Brasil em pouco tempo, em um tradicional festival de rock.

Então vamos lá: The DT’s é um grupo da capital norte-americana, Washington, e faz parte de uma nova geração de bandas que tocam Hard Soul, um cruzamento de estilos que funde o Hard Rock e a Soul Music

A banda surgiu em 2001 e seus integrantes são Diana Young-Blanchard (vocal), Dave Crider (guitarra), Mikey Funster (bateria) e Scott Greene (baixo), tem apenas dois CDs lançados, o Hard Fixed de 2004 e o Filthy Habits de 2006, este último produzido por Jack Endino (Nirvana), além de alguns Eps e um álbum só de covers, Nice’n Ruff, que foi recém lançado por aqui pela Gabeira Records (www.gabeirarecords.com), com regravações de grandes nomes do Rock, Blues e Soul, como John Fogerty (Credeence), AC/DC, Janis Joplin entre outros.

Em novembro eles devem aterrissar em solo brasileiro para tocar no XIII Goiânia Noise Festival.

Mas quer saber a real? Nada disso tem a menor importância. Neste momento, o que realmente interessa é que você precisa conhecer a música deles, caso valorize grupos que não estão nem aí para qual é a última tendência do rock, não fazem questão de ser moderninhos e passam longe do hype e de modismos, mas fazem um som fodaço, equilibrando o peso e a energia do Rock com a sensibilidade e o ritmo da Soul Music.
Pronto, lá veio a minha abordagem emocional de novo, está difícil de me conter... Mas é desse jeito com a música dos DT’s, a emoção vem em primeiro lugar, com intensidade impressionante.

Ouça as quatro músicas disponíveis em http://www.myspace.com/thedts e entenda melhor o que estou tentando dizer aqui.


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