quarta-feira, setembro 12, 2007

 

Super Furry Animals lança Hey Venus!


Depois de lançar alguns discos irregulares, o Super Furry Animals volta à velha forma, com Hey Venus, seu sétimo CD, que agrada bastante pela diversidade sonora e sintetiza, neste novo trabalho, um pouco de tudo o que já fizeram.

Ouvir o Super Furry Animals é uma experiência excitante, pois nunca sabemos o que poderá sair do caldeirão musical destes malucões oriundos do País de Gales, liderados pelo irreverente Gruff Rhys (Guitarra e vocal).

Em 2003 eles roubaram a cena, quando tocaram por aqui no Tim Festival, surpreendendo o público que tinha ido para ver a sensação do momento, os White Stripes, que eram os headliners do festival, mas foi o SFA quem chamou bastante a atenção, com uma apresentação totalmente fora do convencional, parecendo que os caras em cima do palco estavam se divertindo mais do que a platéia presente.

Em seu mais recente trabalho de estúdio, a banda transita com desenvoltura por vários estilos, indo do mais puro Rock’n’Roll setentista, como em “Getaway song”, a empolgante faixa de abertura com pouco mais de 40 segundos, ao Britpop dos anos 90, presente em “Run Away”, que poderia facilmente figurar em algum disco do Pulp.

O destaque fica por conta de “Show your hands”, com um enorme potencial radiofônico e cara de hit certeiro, mas com muita sofisticação, bem distante de ser uma canção pop descartável.

A psicodelia revisitada da era Sgt. Pepper’s e “Pet Sounds” está estampada na capa do CD e fica evidente em algumas faixas, como por exemplo na introdução de “Carbon dating”, que parece ter sido arranjada por George Martin, e em “Battersea odyssey”, com uma riqueza de harmonias, capaz de impressionar os mais exigentes ouvidos.

Outros destaques ficam por conta das agitadinhas “Neo consumer”, “Into the night” e “Baby ate my eightball”, assim como das baladas espertas “The gift that keeps giving” e “Suckers”.

Caso você ainda não conheça nada deles, os primeiros discos são insuperáveis. “Radiator”, “Fuzzy Logic” e “Guerrilla” são os mais indicados da discografia da banda, mas nada tira o brilho deste mais recente lançamento, onde fica claro que a criatividade combinada com as pirações (experimentalismos) e com a musicalidade apurada do grupo são as características que diferenciam o SFA das demais bandas do rock contemporâneo.

Altamente recomendado.


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