terça-feira, outubro 28, 2008

 

Cérebro Eletrônico disponibiliza EP "Pareço virtual" para download


Um dos melhores lançamentos nacionais do ano, na humilde opinião desse blogueiro, é o CD Pareço Moderno, do grupo paulistano Cérebro Eletrônico, que ouvi à exaustão, repetidas vezes.
Agora o grupo decidiu lançar um EP no formato virtual, com 4 faixas originais do álbum, algumas versões remixadas e ao vivo, disponibilizadas para download gratuíto.
Pareço Virtual é o título do lançamento e pode ser baixado nesse link, por cortesia da Phonobase Music Service.
Um belo presente dessa banda que ainda vai dar muito o que falar.

sábado, outubro 25, 2008

 

Relespública volta mais pop e otimista com Efeito Moral


A banda curitibana Relespública que está prestes a completar 20 anos de existência, chega a seu quarto álbum de estúdio, Efeito Moral.
O que se nota em seu novo lançamento é uma leve mudança da banda, apontando para um rock muito mais acessível ao grande público, bastante polido e com boas chances de catapultá-los do underground ao mainstream.
Isso quer dizer que a Relespública está soando mais pop? Sim, está! Mas eles perderam aquela essência rock’n’roll que sempre tiveram? Não!
A aposta do Trio formado por Fábio Elias (guitarra/vocal), Ricardo Bastos (baixo) e Moon (bateria), continua sendo o rock “old school”, com suas influências intrínsecas, que vão do Mod do The Who aos veteranos brasileiros Tutti-Frutti e Ira!, revestido por uma nova roupagem e com uma produção mais polida, que deixa tudo no ponto exato para tocar nas melhores rádios rock do país.
As mensagens de otimismo e esperança em várias músicas podem soar ingênuas nesses tempos de incredulidade, mas é uma visão “romântica” do velho roqueiro que ainda acredita nos ideais de paz e amor e que não desiste nunca de seus sonhos. “Nós estamos aqui” expressa bem esse sentimento e dá o tom do disco já na faixa que abre o álbum.
“Dê uma chance pro amor” aproveita o velho mote entoado por John Lennon que pedia por paz, agora clamando pelo amor de uma garota, num clima de Rockão festeiro, inspirado nos bons tempos de Rita Lee com o Tutti-Frutti.
Samuel Rosa faz um dueto com Fábio Elias na faixa “Tudo o que eu preciso”, mais uma canção que exalta as coisas belas e essenciais da vida, com letra fácil de cantar, declaradamente inspirada nas músicas de “Carrossel”, considerado um dos melhores trabalhos do Skank.
Mas nem tudo são flores em Efeito Moral...O discurso bicho-grilo dá lugar às críticas de cunho político-social, demonstrando o inconformismo com a atual situação do país na contestadora “Não seja otário não”.
“Homem Bomba” também traz à tona o lado mais punk da banda, um verdadeiro petardo sonoro no melhor estilo The Clash, enquanto discursa sobre o caos reinante no mundo contemporâneo.
Ainda há espaço para divagações existencialistas em “S.O.S.” e a preocupação com o Meio-Ambiente, em “Tema pela Terra”, uma deliciosa baladinha folk levada ao violão.
Mas “Catavento” é sem dúvida um dos pontos altos do disco. E não é nada mais do que uma canção de amor, mas com o diferencial de soar como a banda que mais está impregnada nos genes da Relespública: The Who.
“Se tenho você” é Ira! total, cuspido e escarrado. Dá até para imaginar o Nasi cantando seus versos, com o Scandurra fazendo os backing vocals no refrão de fácil assimilação. Inclusive o próprio Nasi é fã declarado da Relespública e escreveu um depoimento passional, que está no Myspace da banda, onde todas as faixas de Efeito Moral podem ser ouvidas. Acesse lá e confira: www.myspace.com/relespublica, ou se preferir acesse o site da banda www.relespublica.com, com 3 faixas disponíveis para download.
Para quem ainda acredita em seus sonhos, num mundo melhor e no bom e velho rock’n’roll, a Reles manda seu recado: “...Não se preocupe nós estamos aqui para tentar realizar seu sonho”.

terça-feira, outubro 14, 2008

 

Banzé! Renovação saudável com “Antes da queda”


O trio paulistano Banzé! lança seu novo CD “Antes da queda” e passa com louvor pela prova de fogo do segundo disco.
Se no trabalho de estréia o Banzé! mostrou competência para criar um Pop Rock de qualidade, porém um pouco pasteurizado, carecendo de um certo "punch" adicional, nesse novo álbum o que mais impressiona é a evolução da banda, que deu um tremendo salto de qualidade, não apenas no aspecto sonoro, mas também nas composições que, se aprofundam em temas mais complexos, numa clara demonstração de amadurecimento.
A parceria de Thadeu Meneghini com Adalberto Rabelo (do grupo Numismata) rendeu ótimas letras que retratam paisagens urbanas tipicamente paulistanas, e parece exorcizar as neuras de seus habitantes, como a ganância, o consumismo descontrolado, a violência, o trânsito, a poluição, entre outros sintomas da louca vida nessa grande metrópole.
Quanto ao quesito instrumental, a banda está muito bem resolvida. O baterista Loco Sosa (Los Pirata) assumiu as baquetas, acrescentando mais peso ao trio, enquanto que a guitarra e o baixo ganharam uma sonoridade mais crua e o bom vocal de Thadeu Meneghini está mais incisivo, quase gritado em algumas músicas.
A faixa título reflete bem essa guinada do Banzé!, rumo a um indie rock mais atual e encorpado, que oscila entre a calmaria e a explosão, de refrão forte, com trejeitos grunge.
Há momentos que remetem ao rock direto e pesado do Queens of the Stone Age e Foo Fighters, como nas ótimas “Infausto” e “Um homem sem qualidades”.
O lendário guitarrista Wayne Kramer do grupo norte-americano MC5, empresta sua guitarra na emblemática “Tragam-me a cabeça de Lester Bangs”.
“Boca do Lixo”, de autoria de Tatá Aeroplano (Jumbo Elektro), tem versos polêmicos e expõe as feridas da sociedade moderna.
Outra que merece destaque é “Chave mestra”, que descreve a sensação de alguém muito à vontade numa cidade que se esvaziou por causa de um feriado.
“Vai pra rua” é uma faixa que ficou de fora do clássico “Cabeça dinossauro” dos Titãs, e foi cedida ao Banzé!, que soube aproveitar bem essa oportunidade e registrou uma versão empolgante, para fechar o álbum com chave de ouro.
Desde já, esse disco de acentuado teor Pop, no melhor sentido da palavra, deve facilmente figurar entre os melhores de 2008 e atesta o talento de uma banda que está pronta para o sucesso, mas não aquele sucesso comercial fácil e descartável, mas aquele que vem com o reconhecimento pelos méritos.

E o melhor de tudo: “Antes da queda” pode ser baixado gratuitamente no site www.mondo77.fm/banze

sábado, outubro 11, 2008

 

Weezer bate recordes em vídeo clip

A gravação do vídeo da música "troublemaker" da banda americana Weezer bateu alguns recordes, que foram registrados e devem sair na próxima edição do Guiness Book.
Dentre os maiores de todos os feitos, houve a maior concentração de pessoas praticando air guitar, o maior torneio de Guitar Hero, o maior número de pessoas andando num único skate, a maior guerra de tortas, entre outras situações inusitadas.



segunda-feira, outubro 06, 2008

 

Volta triunfal do Oasis com Dig out your soul


É uma árdua tarefa para uma banda já consagrada conseguir lançar um bom álbum que agrade ao público e à crítica, depois de tantos trabalhos irregulares. Das bandas surgidas dos anos 90 para cá, poucas conseguiram a proeza de manter a integridade de seus álbuns, depois de seu terceiro ou quarto registro fonográfico.
Mas o Oasis finalmente lançou seu sétimo disco, intitulado "Dig out your soul", disponível há alguns dias no Myspace da banda (www.myspace.com/oasis), superando as expectativas de muita gente.
Vamos aos fatos: O Oasis é daquelas bandas que ou você ama ou odeia, não existe um meio termo. Também é verdade que muitos não simpatizam com a banda dos irmãos Gallagher, muito mais por causa da imagem de arrogantes que eles sustentam, do que propriamente por sua música, apesar de sempre serem acusados da falta de originalidade, de serem uma cópia barata dos Beatles e por aí vai…
Mas, convenhamos que mesmo para os fãs mais entusiasmados do Oasis, não estava nada fácil argumentar contra os seus detratores. Após seus dois primeiros elogiadíssimos discos, o grupo de Manchester caiu na mesmice, dando sinais de esgotamento criativo e pouca inspiração a cada novo trabalho lançado.
Até que em 2005 esboçaram uma reação com o “Don’t believe the truth”, trazendo-os de volta à boa forma, apesar de não causar o mesmo impacto de quando surgiram, o que é perfeitamente compreensível.
Mas agora, com o recém lançado "Dig out your soul" parece os rapazes decidiram mostrar como é que se faz um um grande disco e colocar as coisas no seu devido lugar no rock inglês, tão cheio de glórias passadas, onde já foram coroados como reis do Britpop.
Obviamente, não dá para querer comparar o novo rebento com “Definitely maybe” e muito menos com “(What’s the Story) morning Glory”, os clássicos absolutos e arrebatadores do Oasis, mas ele também não faz feio, merecendo o terceiro lugar no pódio.
Gravado no mítico estúdio Abbey Road, tem canções cheias de vigor, guitarras ásperas, sonoridade nostálgica e consistente, vocais marcantes, climas psicodélicos, e como não poderia faltar, uma baladona pop de forte apelo radiofônico, mas com uma belíssima melodia, como somente o Oasis poderia ser capaz de fazer hoje em dia, sem soar piegas.
“Bag it up” abre o disco, deixando claro as intenções da banda, de que não está para brincadeira, com o vocal seguro de Liam, cantando bem como nos velhos tempos, aliado a um instrumental sofisticado e encorpado.
“The turning” surge como uma brisa leve, que aos poucos vai ganhando força, até formar um furação guitarrístico e arrastar tudo o que se encontre pelo caminho.
Exageros à parte, “Waiting for the rapture” pode ser interpretada de duas formas: Ou como plágio descarado de “Five to one” ou como uma homenagem ao The Doors, já que a semelhança fica evidente logo na introdução da música, mas que ganha contornos próprios no decorrer de sua execução.
A faixa mais apropriada para tocar nas casas noturnas alternativas é “The Shock of the lightning”, uma das mais eletrizantes do disco, como sugere o título, daquelas para se descabelar na pista.
A balada fica por conta de “I’m outta time”, em que Liam canta com muita intensidade emocional, sem que sua voz soe chata ou chorosa, nessa canção que é uma homenagem a John Lennon, com trechos de sua última entrevista, gravada na BBC, tem tudo para se tornar o maior sucesso radiofônico do disco.
Até aqui já o Oasis já conseguiu convencer que fizeram um excelente trabalho. Mesmo assim, seguram bem a onda e não perdem o fôlego nas faixas seguintes. Seja na psicodélica “Falling down”, cantada por Noel, nas inebriantes “to be where there’s life” e “Ain’t got nothin’” ou no Hard Rock setentista de “The Nature of reality”, que ostenta um poderoso riff de guitarra.
A conclusão que se chega depois de ouvir o disco algumas vezes, é que a banda conseguiu provar que está novamente revitalizada, apesar deles deixarem claro que não estão nem aí para o que os outros vão achar e não fazerem a mínima questão de querer provar nada para ninguém.

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