quarta-feira, setembro 05, 2007

 

DT's e o Hard Soul


Se eu fosse descrever o DT’s completamente movido pela emoção de quem descobriu uma banda do tipo que se pensava não existir mais, com uma vocalista que canta maravilhosamente bem, capaz de transmitir as mais extremas emoções em sua voz, conseguindo variar a entonação da mais suave sensualidade feminina a mais pura fúria, esbanjando talento, energia e se expressando através de sua música, eu cometeria alguns excessos, exageraria nos adjetivos e acabaria usando aqueles chavões inevitáveis do jornalismo musical toda vez que pensam ter descoberto “The next big thing”.

Mas ao invés de fazer isso eu devo escrever de forma racional, como pede o manual do bom jornalismo, de maneira a informar o leitor apenas sobre mais um grupo que, provavelmente, não irá estourar nas paradas, deverá continuar um ilustre desconhecido do grande público, fazendo um som honesto, básico, porém, competente, apenas com guitarra, baixo e bateria e um tecladinho aqui e acolá para dar uma encorpada a mais em algumas músicas.

Devo dar um enfoque maior aos detalhes técnicos, dizer de onde eles são, desde quando a banda existe, mencionar a discografia, dar o nome dos integrantes, dar referências ao leitor estabelecendo comparações com grupos mais conhecidos e fazer um gancho para dar a deixa de que a banda está para vir tocar no Brasil em pouco tempo, em um tradicional festival de rock.

Então vamos lá: The DT’s é um grupo da capital norte-americana, Washington, e faz parte de uma nova geração de bandas que tocam Hard Soul, um cruzamento de estilos que funde o Hard Rock e a Soul Music

A banda surgiu em 2001 e seus integrantes são Diana Young-Blanchard (vocal), Dave Crider (guitarra), Mikey Funster (bateria) e Scott Greene (baixo), tem apenas dois CDs lançados, o Hard Fixed de 2004 e o Filthy Habits de 2006, este último produzido por Jack Endino (Nirvana), além de alguns Eps e um álbum só de covers, Nice’n Ruff, que foi recém lançado por aqui pela Gabeira Records (www.gabeirarecords.com), com regravações de grandes nomes do Rock, Blues e Soul, como John Fogerty (Credeence), AC/DC, Janis Joplin entre outros.

Em novembro eles devem aterrissar em solo brasileiro para tocar no XIII Goiânia Noise Festival.

Mas quer saber a real? Nada disso tem a menor importância. Neste momento, o que realmente interessa é que você precisa conhecer a música deles, caso valorize grupos que não estão nem aí para qual é a última tendência do rock, não fazem questão de ser moderninhos e passam longe do hype e de modismos, mas fazem um som fodaço, equilibrando o peso e a energia do Rock com a sensibilidade e o ritmo da Soul Music.
Pronto, lá veio a minha abordagem emocional de novo, está difícil de me conter... Mas é desse jeito com a música dos DT’s, a emoção vem em primeiro lugar, com intensidade impressionante.

Ouça as quatro músicas disponíveis em http://www.myspace.com/thedts e entenda melhor o que estou tentando dizer aqui.


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