quinta-feira, agosto 02, 2007

 

As dez novas mensagens do The Rakes


Na esteira do hype dos Strokes, Franz Ferdinand e Arctic Monkeys apareceram os britânicos do The Rakes, com seu coquetel Indie/Punk/Pós punk, muito associado ao Joy Division e ao The Clash, as influências mais perceptíveis no som do quarteto.
Apesar destas referências oitentistas, seu rock não parece ser daquela década , tem muito dessa nova geração que usa elementos retrô para fazer um rock atual e dançante, ideal para tocar na pista de dança.
Se o CD de estréia “Capture/Release” de 2005 teve uma ótima repercussão, mas não justificou o hype gerado em torno de seu lançamento, ao menos deixou algumas excelentes músicas, como Strasbourg, 22 grand job e work work work (Pub Club Sleep), que garantiram a festa da galera indie, mas não chegou a emplacar.
Coincidindo com o lançamento de seu segundo álbum, “Ten New Messages” a banda foi escalada para o Festival Indie Rock, que aconteceu no Via Funchal na semana passada, onde tocou para um grupo de poucos privilegiados, pois o público que compareceu não ultrapassou um terço da capacidade de lotação da casa.
Embora o novo trabalho não apresente tantos hits como em seu antecessor, percebe-se que a banda deu uma desacelerada, deixou o peso um pouco de lado e construiu uma obra mais consistente, onde existe um certo conceito de “unidade”, é daqueles discos que faz mais sentido se ouvido por inteiro, na seqüência original das faixas.
A sensacional “World Was a Mess But His Hair Was Perfect” é a faixa perfeita de abertura, com Alan Donohoe cantando de um jeito meio relaxado, preguiçoso, acompanhado por um riff de guitarra ganchudo e por um linha de baixo pulsante, que vai crescendo lentamente com a música, até explodir num final empolgante.
Na seqüência vem “Little superstitions”, que lembra bastante o lirismo de bandas inglesas como Echo & the Bunnymen e The Mission.A faixa seguinte é um dos pontos altos do disco: “We dance together” tem tudo para se tornar hit, é daquelas que tocaria fácil em qualquer rádio rock que se preze. Vale também destacar “When Tom Cruise Cries”, que chama a atenção pelo título e tem um certo apelo Pop, sem ser comercial.
Só para concluir, The Rakes fez aquele álbum que os Strokes estão devendo há anos.

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?