quinta-feira, agosto 09, 2007
Bandas novas? Não ouço, não vejo, não comento...
Talvez por saudosismo, muitas pessoas prefiram ficar prisioneiras do passado e ouvir apenas aquilo que já conhecem e menosprezam, sem ao menos se dar ao trabalho de conhecer, o que vem sendo produzido de bom na atualidade.
Hoje em dia, a facilidade com que as bandas tem de gravar e divulgar seus trabalhos via internet, softwares de compartilhamento de MP3, possibilitaram a profusão de inúmeros grupos que surgiram, sem precedentes na história, deixando o público meio desorientado em meio a tantas novidades e com pouco referencial.
Para manter-se atualizado nesse meio é necessária muita pesquisa para poder separar o joio do trigo, pois são muitos estilos e sub-estilos, sendo que nem tudo pode agradar a quem procura algo instigante em meio à tamanha diversidade.
Mas esse fenômeno da “Neofobia” não começou a ocorrer recentemente. Recordo que nos anos 80, quando houve uma efervescência de bandas nacionais e internacionais, muitos tradicionalistas torceram o nariz para grupos que vieram a se consagrar apenas anos mais tarde.
Lembro perfeitamente de como os novatos que surgiam naquela época eram considerados inexpressivos se comparados aos nomes de peso do passado, como Led Zeppelin, Queen e AC/DC, que são bandas incomparáveis, pois os clássicos jamais serão superados.
Mas a questão é que o rock se renova a cada geração, a linguagem muda e sempre haverá novas bandas que irão marcar época e entrar para a história, apenas o tempo pode comprovar isso, assim como o tempo também faz com que ótimos grupos caiam no esquecimento e sejam injustiçados, infelizmente é a dura realidade.
Independentemente de superarem ou não seus antecessores do mundo do rock, nada impede que os novos sejam ouvidos e tenham ou não o seu merecido reconhecimento durante a sua existência. Que os detratores de hoje não venham daqui a uma década descobrir que aquela banda da atualidade era genial, pois provavelmente ela não existirá mais e eles perderam a chance de assisti-la ao vivo, tendo de se contentar com registros