sexta-feira, outubro 05, 2007

 

1990's estréia em CD com Cookies


Rock escocês adocicado e crocante

Deve ser alguma coisa na água da Escócia, que além de produzir o melhor uísque do mundo, também gerou bandas geniais.

Apenas para citar os exemplos mais marcantes de bandas escocesas, temos o Jesus & Mary Chain dos anos 80, o Teenage Fanclub nos 90 e, nesta década, o Franz Ferdinand, que estourou mundialmente nas paradas de sucesso.

O grupo mais recente a merecer o título de “A melhor banda dos últimos tempos Made in Scottland” é o 1990’s (Nineteen nineties), de Glasgow, formado por Jackie McKeown (guitarra/vocais), Michael McGaughrin (bateria/vocais) e Jamie McMorrow (baixo).

No começo tinha outra formação e se chamava Yummy Fur, que também foi o embrião do Franz Ferdinand, tendo Alex Capranos (voz e guitarra) e Paul Thompson (bateria) entre seus integrantes, além dos já citados Jackie e Jamie.

O 1990’s esteve em terras brasileiras no ano passado, antes mesmo de lançar seu primeiro álbum, com apenas alguns singles gravados e fez algumas apresentações em São Paulo, sem muita divulgação.

Cookies é o debut deles e foi lançado em maio deste ano, pela Rough Trade, o mesmo selo que revelou os Strokes ao mundo.

Em meio a uma avalanche de tantos lançamentos neste ano, quase que “Cookies” passa despercebido, não está tendo a repercussão merecida na imprensa musical, o que é uma tremenda injustiça, pois esse disco é uma grata surpresa, apesar de comentarem que não funciona ouvi-lo quando se está mal humorado.

E faz sentido, porque é um disco bem “pra cima”, para levantar o astral de qualquer balada rock, recheado com 12 faixas crocantes e saborosas, como aqueles docinhos que inspiraram o título do CD.

Mas não espere nada muito original do som do 1990’s, que transita entre o Power Pop e o Britpop, mas também reverencia o Bubblegum dos Buzzcocks e Undertones, o Pós-Punk/Disco do Franz Ferdinand e a New Wave de grupos como Television e Blondie, ou seja, a fórmula perfeita para agitar pistas de danças do circuito alternativo, com riffs de guitarra ganchudos, linhas de baixo dançante e vocais animados, com combinação de duas vozes.

A faixa de abertura já entrega o que vem pela frente. Se você ouvir “You made me like it” e abrir um sorriso de satisfação, com certeza vai gostar do resto do disco. Caso contrário não adianta insistir, ou então espere para ouvir quando o seu humor melhorar.

Merecem destaque também “Cult status”, “Switch”, “You’re supposed to be my friend”, todas elas são sérias candidatas a hits instantâneos.

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